sexta-feira, 17 de outubro de 2008

As novas amigas de Matilde.


Matilde saiu correndo atrás da sua bola colorida. Estava brincando com ela quando um vento veio arrastando seu brinquedo para um outro ângulo, forçando a menina mudar sua rota. Esses ventinhos que surgem nas horas mais inconvenientes, custava ter que esperar a criança terminar a brincadeira?Mas não, surgiu lenvando o que lhe havia de mais precioso naquele momento, pelo menos essa leve busca pela bola se torna uma nova distração. Depois de uns 10 minutos encontrou a leve bola entre alguns arbustos do outro lado da praça. Voltou toda sorridente para o outro lado, onde se encontrava sua irmã mais velha. Ou pelo menos pretendia, no meio da tragetória ficou olhando para todos os lados observando cada detalhe, dentre eles encontrou um grupo de meninas brincando em frente a uma casa.Ficou curiosa pra saber o que faziam e se podia fazer, até por que aparentavam estar brincando de bonecas. Dirigiu-se até aquele lugar e ficou observando. Eram 3 meninas, uma delas se levantou e perguntou:
Menina 1 : O que você quer ?
Matilde: Posso brincar?
A menina 1 dirigiu-se até as outras fazendo uma rodinha, depois de um certo tempo voltou-se para Matilde e disse:
Menina 1: Pode, mas com uma condição.
Matilde: Qual?
As duas que estavam atrás começaram a sorrir, uma delas levantou-se e disse:
Menina 2: Você deve fazer o que nós quisermos pra poder entrar no nosso grupo, depois iremos dizer se pode participar ou não.
Matilde: Mas pra que isso ?
Menina 1: Nós sempre fazemos isso, com todas foram assim. A antiga líder inventou, mas ela agora mora em outro lugar.
As outras começaram a sorrir.
Matilde meio indecisa ficou pensando por alguns segundos.
Menina 1: Vai querer ou não ? Queremos brincar e você está nos fazendo perder tempo!
Matilde: Não quero.
Menina 2: Como não ? Temos bonecas lindas, todos sentem inveja de nós!
Matilde: Eu não tenho inveja de vocês, eu só queria brincar.
Menina 1: Você é uma feia e boboca.
Matilde: Eu não sou feia nem boboca.
Matilde no fundo ficou um pouco triste.
Menina 1: Saia da frente da minha casa agora ! Não está vendo ? Esse é o castelo da rua, ele é meu !
Matilde ficou sem entender,...
A Menina 3 que até então parecia um vegetal disse algo :
- Tadinha, ela deve ser da rua. Venha, eu deixo você ser minha empregada!
As outras 2 ficaram um pouco irritadas com o que a Menina 3 fez, mas começaram a pensar em como podiam agir com Matilde.
Matilde voltando-se para as Meninas perguntou qual era o nome delas.
Menina 1: Ana
Menina 2: Maria
Menina 3 : Mariana
Pode até ter sido falta de criatividade, mas em um grupo deve sempre ter alguma coisa em comum.
Ana: Matilde! Venha aqui, limpe a frente do meu castelo !
Maria : Limpe minha filha, ela está suja!
Mariana: Venha escolher a meu vestido pro baile. O da direita ou esquerda qual é a melhor ?
Detalhe os dois eram iguais, pobre menina, Matilde não poderia dizer nada era só a empregadinha na brincadeira.
Matilde: Acho que o da direita!
Mariana: Mas eu gosto tanto do da esquerda. Você tem certeza que é o da direita?
Óbvio que o da esquerda era o preferido, estava realmente com cara de mais usado.
Matilde: Tenho sim!
Ana apareceu e puxando o braço de Matilde com uma cara de raiva disse:
- Como tu ousa limpar a frente do meu castelo desse jeito sua empregadinha!
Maria apareceu do outro lado reclamando da filha e Mariana depois de uns segundos começou a questionar sobre os vestidos. Nesse momento a porta da casa abriu. As meninas começaram a correr para o lado, mas Matilde ficou ali. Surgiu uma quase senhora dizendo:
- Minha filha cadê a sua irmã?
Matilde: Ela está lá do outro lado da praça!
Mãe: Vá chamá-la e volte logo para jantar.
Matilde dirigiu-se para o outro lado da praça. As meninas seguiram atrás dela perguntando o que a senhora havia feito e dito.
Matilde: Ela pediu para que eu chamasse minha irmã.
Ana: Mas pra que ?
Matilde: Pra jantar.
Maria: Sério? A moça daquela casa pediu isso?
Ana deu um beliscão em Maria, que gemeu de dor...
Matilde: O que foi?
Ana e Maria: Nada,...
Mariana : Você mora ali?
Matilde: Sim.
Ana e Maria ficaram pasmas, se perguntando Mas como ? Por que? Ela não mora na rua? Ela não é pobre?
Mariana: Sua casa é bonita, essas duas sempre comentavam que queria uma assim,...
Matilde: Verdade? Que bom...
As duas começaram a olhar estranho pra Mariana, na verdade estavam morrendo de vergonha.
Matilde chamou a irmã que perguntou o que ela estava fazendo com aquelas meninas.
Matilde: São minhas amigas.
Irmã: Sei,...
Irmã: Vocês são Ana, Maria e Mariana ?
As três disseram que sim.
Irmã: Conheço algumas coisas sobre vocês.
Matilde e a irmã entraram em casa.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Madalena

Ah Madalena, dança-te, canta-te extravasa todas as dores sem pudores, estas livres cores. Sabes o quanto esperei por este momento? Na verdade não sabe. Por que eu não esperei minha querida, definitivamente não te esperei Madalena, mas te ver me alimenta os olhos, sua expressão me acalenta as mágoas, tua presença fascinante. Oh doce Madalena! Que para sempre as estrelas te contemplem, por que de mim não esperes nada. Eu sempre seguirei perdido, vagando entre espaços sujos e que a tua leve ingenuidade - se é que ainda permanece- não estaria disposta a presenciar. Irei mirar-te, me deliciarei de longe, apenas isso, e partirei para além do horizonte. Somente não se esqueça que nenhuma outra Madalena me deslumbrou tanto como você, minha eterna amada.

domingo, 12 de outubro de 2008

Eu minto


Eu minto
Transmito
Transbordo
Eu sofro
Sofro como qualquer,
Mais uma desvalida sem paixão, rumo ou amor.
Meu batom borrado, minha saia sem jeito,
Eu sigo,
Eu desço,
Eu subo,
Dentre todas, dentre mim
Deite, não me toque e suma.
Apenas acorde, guarde o sentimento
Eu passarei meu batom e você ?
Eu não sei,
Apenas sei de mim, sem você.
Surgirei,
Não sentirei
E partirei.

ô vidinha,...

Sem palavras definidas por um bom tempo, é assim que eu me sinto. Essa leve angústia que eu sinto de tudo, que todos sabem piorá-la ou talvez seja apenas minha mente conturbada, é muito mais provável que seja a última hipótese. Fico me perguntando o que aconteceu com os meus dias? Para onde foram minhas alegrias, esse leve stress que me consome lentamente, me fazendo ter gritos e ações involuntárias, quero saber onde tudo isso vai me levar.
Tento ficar sem acessar a internet, me dedicar somente aos estudos, bons estudos, mas se torna impossível e vejo que sou fraca. Será que sou realmente fraca por conta disso?
Sabe, eu não gosto muito das coisas que eu escrevo, depois de um tempo ou no mesmo instante as coisas parecem, tão superíciais, infantis e extremamente entediantes, talvez pq minha vida se resuma a um grande e inquebrável tédio.